Friday, November 26, 2010

1º Dia - Polokwane a Messina


Acordamos bem cedo para terminar de carregar os veículos com toda a tralha que estava na sala da Sra Van Der Merwe há quase 2 meses. Na tarde anterior, somente em barrinhas energéticas e pó para preparo de bebidas isotônicas, carregamos quase uma tonelada e meia nos carros. Fora isso, estamos levando muito equipamento de acampamento, cozinha, ferramentas, eletrônicos e tudo mais. Ambos os veículos estão acima da capacidade, mas teremos que lidar com isso ate o Quênia, onde encontraremos os outros veículos, que são dois caminhões Over Land com enorme capacidade de carga e levarão toda a tralha até o Egito.
As 6 da manha chegou o pessoal que tentaria resolver um problema elétrico no novo caminhão da compania. Uma segunda bateria, um conversor e um freezer. Após algumas horas, tudo parecia perfeito. Hora de cair na estrada.
Ao meio dia, passamos os enormes carros com bastante cuidado pelo portão da casa, e após alguns quarteirões, já estávamos na estrada. Impossível correr, seguimos lentos e tranquilos, grande parte do tempo pelo acostamento. Pouco antes dos 100 km, passamos pelo marco do Trópico de Capricórnio, e paramos para umas fotos (apesar do céu cinza). Havia uma construção onde breve será inaugurado um local para informações turísticas, venda de souvenir, banheiros, etc. O vigia, ao ver o gringo (eu) tirando fotos, não perdeu tempo. Me cumprimentou simpaticamente, fez algum comentário sobre as nuvens cinzentas, e começou seu discurso de que estava ali ha 2 dias sem dinheiro para ir para casa, e que ainda faltava 2 dias para alguém ( provavelmente a pessoa que o substituiria) chegar com seu dinheiro. Sharita se aproximou e ele nada disse. Ela se afastou e ele recomeçou o discurso.



Seguimos viagem, e aos poucos fui relaxando. O volante do lado direito, as marchas na mão esquerda, o trânsito invertido, o carro pesado e instável, tudo era novo para mim. Paramos para comer em uma cidade chamada Makahado (antiga Louis Trichar), e aproveitamos para comprar algumas coisas que havia ficado faltando. Ali começava uma região montanhosa e de fazendas de caça esportiva. Em determinado local, para onde eu olhava eu via babuínos. Fantástico!
As 4 da tarde chegamos à cidade de Messina, distante 30 km da fronteira com o Zimbabwe, após apenas 200 km rodados, e decidimos adiar a travessia da fronteira e acampar aqui mesmo. Reza a lenda que Messina é o local mais quente de toda a Africa do Sul, o que faz bastante sentido. É mesmo muito quente. Assim que chegamos, entramos em um restaurante com ar-condicionado, pedimos algo bem gelado para beber, e aproveitamos que do lado de cá da fronteira o 3G ainda funciona (afinal, foi por isso que optamos por ficar aqui hoje) para adiantar um pouco o trabalho.
Amanha, a aventura continua, e atravessaremos a fronteira para o Zimbabwe. Espero que nos deixem entrar, sem habilitação internacional e com uma tonelada e meia de alimentos. Além do mais, o Zimbabwe é um dos países para o qual não tive tempo de tirar o visto no Brasil.
Veremos….

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